Explicação

Explicação

Este versículo, parte das leis sobre a Páscoa no Antigo Testamento, estabelece que apenas os israelitas que pertenciam à comunidade da aliança deveriam comer o cordeiro pascal. O 'estrangeiro' (quem não era israelita, mas vivia entre eles, sem ser circuncidado e sem participar da aliança) e o 'assalariado' (alguém que trabalhava para um israelita, mas não tinham os mesmos direitos ou parte na redenção) não tinham permissão para participar desta refeição sagrada. A Páscoa era um memorial da libertação de Deus da escravidão no Egito, um evento central para a identidade e a fé de Israel, reservado aos que faziam parte do pacto com Deus.

Contexto Histórico

O livro de Êxodo narra a saída dos israelitas do Egito. A Páscoa, instituída pouco antes da partida, era uma celebração anual que comemorava a proteção divina contra o anjo da morte egípcio e a subsequente liberdade. A exclusão de estrangeiros e assalariados visava reforçar a ideia de que a participação nos rituais e nas bênçãos de Deus estava ligada à entrada formal na comunidade da aliança israelita, marcada pela circuncisão e pela obediência à Lei. Era um lembrete do pacto exclusivo entre Deus e o Seu povo escolhido naquela época.

Aplicação Prática

Embora as leis cerimoniais da Páscoa não se apliquem diretamente aos cristãos, o princípio sobre a participação em sacramentos sagrados pode ser visto. Na Novo Testamento, a Ceia do Senhor (Eucaristia) é um memorial da obra redentora de Cristo. A reflexão sobre quem participa dessas ordenanças, como descrito em 1 Coríntios 11:27-29, nos lembra de abordar esses atos com reverência, examinando-nos para garantir que entendemos e valorizamos seu significado espiritual. A exclusão original também pode nos ensinar sobre a importância de ter um relacionamento genuíno e esclarecido com Cristo antes de participar das celebrações da igreja.

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