Explicação

Explicação

O versículo de Êxodo 12:9 especifica como o cordeiro pascal, que se tornaria um símbolo da Páscoa judaica, deveria ser preparado e consumido. A instrução divina era clara: o animal não deveria ser comido cru, nem fervido em água. A única maneira permitida era assado no fogo. Essa preparação incluía a cabeça, as patas e as partes internas (fressura). Esta forma de preparo não era apenas para higiene ou sabor, mas também um rito que diferenciava a Páscoa israelita de práticas pagãs e enfatizava a urgência e a unidade da celebração ligada à libertação da escravidão egípcia.

Contexto Histórico

Este versículo faz parte das instruções detalhadas dadas por Deus a Moisés e Arão pouco antes da saída dos israelitas do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo. A Páscoa era uma instituição divina para comemorar a libertação da escravidão egípcia e a proteção de suas casas da praga final enviada sobre o Egito (a morte dos primogênitos). O preparo específico do cordeiro (cru, cozido em água ou assado) distinguia a prática israelita de rituais pagãos comuns no antigo Oriente Próximo, que frequentemente envolviam cozinhar carne fervida em água. Assar o cordeiro inteiro, incluindo cabeça e patas, simbolizava a totalidade e a completude do sacrifício e da redenção.

Aplicação Prática

Embora a lei cerimonial do Antigo Testamento tenha sido cumprida em Jesus Cristo, o princípio de obedecer às direções de Deus com reverência e atenção aos detalhes permanece relevante. A forma como o cordeiro pascal era preparado – completamente exposto ao fogo, com todas as suas partes –, pode ser vista como uma prefiguração do sacrifício completo de Jesus, o Cordeiro de Deus, exposto à ira divina no fogo do julgamento por nossos pecados. A aplicação moderna reside em abordar nossa fé e obediência a Deus com seriedade, consagração total (sem partes omitidas), e em lembrar-nos do sacrifício supremo de Cristo, oferecendo-Lhe nossa vida inteira em adoração e serviço.

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