Explicação

Explicação

Este versículo específico em Êxodo aborda a condição de um escravo hebraico que, após servir por seis anos, estava prestes a ser libertado no sétimo ano. A lei estabelecia que, se ele entrou na servidão solteiro, ele sairia solteiro. No entanto, se ele se casou com uma mulher durante seu tempo de servidão, ao ser libertado, ele deveria sair levando sua esposa com ele. Isso demonstra uma preocupação com a unidade familiar e a justiça, garantindo que as relações formadas durante a servidão fossem reconhecidas e preservadas na liberdade. A intenção é proteger a estrutura familiar mesmo em circunstâncias de servidão.

Contexto Histórico

O livro de Êxodo foi escrito no contexto do Êxodo do Egito, por volta do século XIII a.C., e contém várias leis dadas por Deus a Moisés no Monte Sinai. Este versículo (Êxodo 21:3) é parte do Código da Aliança, que regulava a vida social e legal na antiga Israel. A servidão hebraica na época era diferente da escravidão de outras culturas; geralmente era uma forma de compensar dívidas ou superar a pobreza. Permitir a saída do escravo com sua família ao final do período estabelecido demonstrava uma preocupação com a dignidade humana e a estabilidade social dentro da comunidade israelita, diferenciando-a de práticas mais cruéis.

Aplicação Prática

Para os cristãos modernos, este versículo ensina sobre a importância de honrar compromissos e proteger as relações familiares. Embora a servidão literal não seja mais comum, o princípio de não abandonar aqueles que se tornaram parte de nossa vida e comunidade permanece. Aplica-se a situações como manter responsabilidades com dependentes, apoiar um cônjuge, cuidar de filhos e até mesmo estender o cuidado a membros da igreja ou à comunidade que talvez enfrentem dificuldades. Assim como o escravo hebreu não saía sozinho, devemos estar atentos para não ignorar ou desproteger aqueles com quem compartilhamos laços, sejam eles de sangue, casamento ou comunhão cristã, promovendo integridade e lealdade.

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